domingo, 15 de julho de 2012

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A formação de combate dos terços era o esquadrão. Vários tratados da época desenvolviam o que era conhecido como "arte de esquadronar", apresentando tabelas e fórmulas para organizar esquadrões com, até, 8000 homens. 


Desapareceram totalmente as façanhas individuais - que tanta fama e prestígio gozaram na Idade Média - pois a infantaria baseava-se inteiramente no anonimato. 


Os oficiais e alguns graduados dispunham de cavalos para as marchas longas, mas todos combatiam a pé terra, integrados em grandes formações quadradas ou retangulares, com uma disciplina estritamente imposta por movimentos de manobra e de alinhamento. Durante os trajetos, as tropas costumavam-se deslocar sempre em coluna, mas formavam blocos geométricos para combater.

Estes blocos geométricos repeliam facilmente a cavalaria e lutavam, habilmente combinados com o resto da infantaria. Deviam, no entanto, evitar colocar-se dentro do alcance da artilharia inimiga, que os podia destroçar e causar grandes baixas. Este fator era importante apesar do reduzido alcance e mobilidade das bocas de fogo de artilharia da época.

A formação mais típica dos terços em combate era o esquadrão de piqueiros. Os arcabuzeiros deviam apoiar a ação do esquadrão colocando-se nos seus flancos - em formações chamadas "mangas" - para evitar que o inimigo o envolvesse. Esta tática era, sobretudo, empregue, em campo aberto, sendo as ordens transmitidas através do sargento-mor para os sargentos das companhias e destes para os seus capitães. Todos os movimentos eram realizados em absoluto silêncio, de forma a que só no momento do choque era permitido dar o grito de guerra.


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